domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre o não saber.

Queria conseguir explicar em palavras a sensação de partilhar o momento decisivo da vida de alguém e saber que aquilo de afeta diretamente de uma forma que foge ao seu controle, tudo passa a depender de uma escolha. Queria conseguir não sentir, mas que é como TER CERTEZA de que um big-bang te espera em menos de 5 dias e que se é impotente diante dele.

A partir de hoje, sei que os dias serão mais difíceis...

‎"Você meu mundo meu relógio de não marcar horas; de esquecê-las. Você meu andar meu ar meu comer meu descomer. Minha paz de espadas acesas. Meu sono festival meu acordar entre girândolas. Meu banho quente morno frio quente pelando. Minha pele total. Minhas unhas afiadas aceradas aciduladas. Meu sabor de veneno. Minhas cartas marcadas que se desmarcam e voam. Meu suplício."
(DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos)


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"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." (Clarice Lispector)