domingo, 26 de outubro de 2008

Te amo

Te amo como a planta que, em meio a tormentas, floriu, mas tem
dentro de si, escondida entre perfumes, seu pior espinho,
e, graças ao teu veneno-amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma hipnotizante que subiu da terra.

Te amo sabendo bem como: intenso, forte, tempestativo.
Te amo, por vezes, indiretamente com problemas e orgulhos.
Te amo assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que eu sou o que nem tu és,
tão assustador que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.

(Minha versão de Neruda)

- Talvez eu não saiba amar mesmo. Eu tenho essa impressão de que complico demais, sofro demais. Saudades de quando era só amor e eu me contentava com isso.