sexta-feira, 9 de maio de 2008

"Olhos de Cão Azul"

Faz um certo tempo que não escrevo sobre o que leio. Houve um tempo em que eu só postava os filmes que eu assistia (bons tempos do CINE CONHECIMENTO), depois só postava poemas, e agora só posto o que eu escrevo, então postar virou uma coisa rara. Só postava mesmo quando tinha algo importante pra colocar pra fora. Então, hoje, eu li alguns sites MARAVILHOSOS de Literatura e pensei em escrever algo sobre a mesma.

Hoje, eu fui à biblioteca. Devolvi "Olhos de Cão Azul" do Gabriel García Márquez (e peguei outro livro do mesmo: "O Outono do Patriarca", que ele mesmo diz ser melhor do que "Cem anos de Solidão", só lendo pra saber). Posso dizer, sem medo de errar, que é o meu autor preferido, desde que "Memórias de minhas putas tristes" caiu aqui como que por acaso. Foi amor à primeira lida. Não sei explicar a forma como me apaixonei pela literatura desse colombiano que tem uma bagagem imensa de obras e, COM CERTEZA, é um dos melhores (se não for o melhor!) autores ainda vivos.



Dele, eu ainda não tinha lido nenhuma seleção de contos, e "Olhos de Cão Azul" foi o meu primeiro. E cheguei a uma conclusão: Gabo é tão bom em romances quanto em contos!! Sem dúvida nenhuma! Dos contos dessa coletânea o que mais me agradou foi "A mulher que chega às seis". Estranho seria se até aquele momento não houvesse aparecido nenhuma prostituta, das sempre presentes nas tramas de GGM! Mas, esse me deixou pensativa.



Uma coisa que eu sempre reclamei sobre Gabo, é que quase não se tem filmes das obras dele. Poucos, e mesmo assim raros, sendo um até nacional "O Veneno da Madrugada", e o último foi "O amor nos tempos do Cólera" (muitos não gostaram, mas, sem ler, eu adorei!). A questão é que Gabo não gosta de ver sua obra filmada. Ele diz que sempre há alteração na narrativa, mas isso é óbvio, e eu sempre questionei essa preferência dele. No início do ano pensei em fazer um curta-metragem para o Festival de Cinema de Juiz de Fora (sonho meu!), e eu só tinha uma exigência: que fosse da obra de García Márquez. E quando li esse conto, eu pensei "Perfeito!", e fui lendo e pensando como poderia filmar aquilo tudo, na minha cabeça ficou tão magnífico que eu teria medo de passar isso para uma câmera. Foi então que percebi o motivo dele não gostar, é que realmente altera. Literatura e Cinema são duas artes afins, porém diferentes, não há meios de manter todos os detalhes. Sinceramente, eu SEMPRE prefiro o livro!

[Ao som de: Sábado Morto - Los Hermanos]

12 comentários:

  1. Pamella, adorei conhecer seu espaço também. Boa sorte com "O outono do patriarca", um belo desafio.
    Já que você é fã de literatura, recomendo enfaticamente que você conheça o blog "O biscoito fino e a massa" (está nos meus links). É do professor Idelber Avelar, titular da Universidade de Tulane, em New Orleans. Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Até que enfim alguem pra conversar comigo sobre a obra que originou o titulo do meu blog =D

    vc cometeu um erro! eu qria acorrentar vc pelos pulsos e... nao, pelos pés! pra vc poder digitar! acorrentar vc pelos pes pra gente conversar sobre isso o resto do tempo.

    =P

    ResponderExcluir
  3. "E realmente eu queria ter nas Letras um instrumento de trabalho (uma vez que já é um instrumento na vida) sem precisar ser professora."

    ahhh, que mantra, que beleza, que lindo! vc parece ser uma experiencia fantastica!

    eu queria conhecer vc! =D

    ResponderExcluir
  4. "Parece que eu simplesmente não entendo nada e não conheço nada!"

    eu levei tanto tempo pra descobrir!


    *vou parar de comentar =P

    ResponderExcluir
  5. vc me linkou aqui. uau.

    e o que significa hoffnung?

    ja leu a autobiografia do gabo?

    e "candida erendira"?

    ahhhh, o que é saudade?

    quanto pesa uma alma?

    parei.

    ResponderExcluir
  6. Minha querida vc sabe que vc é uma excessão ^^ Sei que volta e meia tem recadinho seu no meu blog.
    Um dos motivos que eu ainda não dei fim nele é os seus comentarios, sempre sinceros e verdadeiros.
    Eu que posso dizer com toda certeza que vc foi uma verdadeira e alegre raridade no mundo postal, mundo esse que trombei com tanta gente falsa, vc foi uma das poucas pessoas sinceras.

    Irmã de coração que tanto adoro.

    Se quizer fazer um comentario retrospectiva também, tem meu apoio ^^ vou gostar de ler.

    Saiba que mesmo nesses ultimos dias em que ando meio em parafuso eu estou bem, não estou triste nem nada parecido.
    Estou com esperanças de um futuro bom, claro que cabe a mim fazer por merecer..
    Mas estou com boas esperanças de um futuro bom pertinho da pessoa que tanto amo.
    E que enfrentaria qualquer coisa por ela. Sem medo de me arrepender.

    Obrigado por suas palavras..sempre sempre e sempre bem vindas.

    Também amo vc.

    ResponderExcluir
  7. assisti "o amor nos tempos do colera".

    que filminho mais ou menos hein? =P

    ah, eu qro vc na minha lista de contatos do msn.

    ResponderExcluir
  8. a verdede eh q nao. o filme eh ruim por ser ruim mesmo. roteiro fraco, nao se sustenta. aos poucos é que o filme vai conquistando, mais pela osmose dos segundos que pela admiração nos acontecimentos. as atuacoes são boas, mas nada memorável.
    Enfim, eh somente mais um filme mediano de hollywod. o livro não tem relacao de culpa nenhuma.

    dgramalho@hotmail.com =)

    ResponderExcluir
  9. Ei Pam... Tambem sempre achei essa estoria de fazer filme de livro perigosa...

    Geralmente quando a gent vê primeiro o filme adora acha tudo bacana, mas quando vc lê primeiro o livro geralmente sai do cinema com um gostinho de: "Ficou faltando algo." Ai já era o filme perde toda a graça...

    Bjus linda....

    Saudades

    ResponderExcluir
  10. Olá Pamella!
    Obrigada por ter visitado o unschuld.
    Gostei bastante do seu espaço ^^
    Lendo este texto, lembrei-me que ninguém nunca tem paciência pra me emprestar nenhum livro do Gabriel García Marquez, então não posso opinar. Ou seja: essa semana, correr atrás de algum livro dele! º-º

    Cuide-se!

    ;*

    ResponderExcluir
  11. adorei o seu blog e estou te favoritando !

    ResponderExcluir
  12. acho que o único remédio pra isso, é agente aceitar a nossa própria personalidade e deixar pra lá o que os outros pensam da gente. Agora fazr isso é que tá dificil ! hehe.
    beijo ;*

    ResponderExcluir

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." (Clarice Lispector)