segunda-feira, 26 de maio de 2008

Campanha dos 100 anos da ABI

A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
(Associação Brasileira de Imprensa =D)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

"Olhos de Cão Azul"

Faz um certo tempo que não escrevo sobre o que leio. Houve um tempo em que eu só postava os filmes que eu assistia (bons tempos do CINE CONHECIMENTO), depois só postava poemas, e agora só posto o que eu escrevo, então postar virou uma coisa rara. Só postava mesmo quando tinha algo importante pra colocar pra fora. Então, hoje, eu li alguns sites MARAVILHOSOS de Literatura e pensei em escrever algo sobre a mesma.

Hoje, eu fui à biblioteca. Devolvi "Olhos de Cão Azul" do Gabriel García Márquez (e peguei outro livro do mesmo: "O Outono do Patriarca", que ele mesmo diz ser melhor do que "Cem anos de Solidão", só lendo pra saber). Posso dizer, sem medo de errar, que é o meu autor preferido, desde que "Memórias de minhas putas tristes" caiu aqui como que por acaso. Foi amor à primeira lida. Não sei explicar a forma como me apaixonei pela literatura desse colombiano que tem uma bagagem imensa de obras e, COM CERTEZA, é um dos melhores (se não for o melhor!) autores ainda vivos.



Dele, eu ainda não tinha lido nenhuma seleção de contos, e "Olhos de Cão Azul" foi o meu primeiro. E cheguei a uma conclusão: Gabo é tão bom em romances quanto em contos!! Sem dúvida nenhuma! Dos contos dessa coletânea o que mais me agradou foi "A mulher que chega às seis". Estranho seria se até aquele momento não houvesse aparecido nenhuma prostituta, das sempre presentes nas tramas de GGM! Mas, esse me deixou pensativa.



Uma coisa que eu sempre reclamei sobre Gabo, é que quase não se tem filmes das obras dele. Poucos, e mesmo assim raros, sendo um até nacional "O Veneno da Madrugada", e o último foi "O amor nos tempos do Cólera" (muitos não gostaram, mas, sem ler, eu adorei!). A questão é que Gabo não gosta de ver sua obra filmada. Ele diz que sempre há alteração na narrativa, mas isso é óbvio, e eu sempre questionei essa preferência dele. No início do ano pensei em fazer um curta-metragem para o Festival de Cinema de Juiz de Fora (sonho meu!), e eu só tinha uma exigência: que fosse da obra de García Márquez. E quando li esse conto, eu pensei "Perfeito!", e fui lendo e pensando como poderia filmar aquilo tudo, na minha cabeça ficou tão magnífico que eu teria medo de passar isso para uma câmera. Foi então que percebi o motivo dele não gostar, é que realmente altera. Literatura e Cinema são duas artes afins, porém diferentes, não há meios de manter todos os detalhes. Sinceramente, eu SEMPRE prefiro o livro!

[Ao som de: Sábado Morto - Los Hermanos]