quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Leituras de 2011 :)

Sou viciada em qualquer tipo de lista. Tudo o que eu faço é precedido ou seguido de uma lista, mesmo que seja só mental. Me acostumei a, no início de cada ano, começar uma lista dos livros que li e vou preenchendo ao longo deste. As leituras de 2011 foram essas :)

  1. Como esquecer - Myrian Campello
  2. Nada me faltará - Lourenço Mutarelli
  3. Cordilheira - Daniel Galera *
  4. Noite - Érico Veríssimo
  5. Sombras e Sonhos - Álvaro Domingues
  6. Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa *
  7. Feliz ano velho - Marcelo Rubens Paiva
  8. Um copo de cólera - Raduan Nassan
  9. Romance negro e Outras histórias - Rubem Fonseca
  10. Para sempre teu, Caio F. - Paula Dip
  11. Cheiro de Goiaba - Gabriel García Márquez
  12. Orgulho e Preconceito - Jane Austen
  13. Retalhos - Craig Thompson
  14. Por quem os sinos dobram - Ernest Hemingway
  15. Persépolis - Marjane Satrapi *
  16. Orgulho e Preconceito e Zumbis - J.A. e Seth G. Smith *
  17. Romance de Cordel - Ferreira Gullar
  18. O Lugar - Annie Ernaux
  19. O mal-estar na cultura - Sigmund Freud
  20. Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
  21. Um teto todo seu - Virginia Woolf *
  22. O Convidado Surpresa - Grégoire Bouillier
  23. Coisas Frágeis (vols. 1 e 2) - Neil Gaiman
  24. Trilogia de Nova York - Paul Auster *
  25. Poema Sujo - Ferreira Gullar
  26. Chico Buarque: Histórias das Canções - Wagner Homem
  27. Os homens que não amavam as mulheres - Stieg Larsson **
  28. Capão Pecado - Ferréz
  29. Até o dia em que o cão morreu - Daniel Galera
  30. Lugares que não conheço, pessoas que nunca vi - Cecília Gianetti
  31. Feliz ano novo - Rubem Fonseca
  32. Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino
  33. A virgem dos Sicários - Fernando Vallejo
  34. Nove Noites - Bernardo Carvalho
  35. As Horas - Michael Cunnighan *
  36. A sordidez das pequenas coisas - Alexandre Garcia
  37. Pedras de Calcutá - Caio Fernando Abreu
  38. Miguel e os Demônios - Lourenço Mutarelli *
  39. Toda Terça - Carola Saavedra *
  40. Liberdade - Jonathan Franzen *

* Destaques do ano :)

domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre o não saber.

Queria conseguir explicar em palavras a sensação de partilhar o momento decisivo da vida de alguém e saber que aquilo de afeta diretamente de uma forma que foge ao seu controle, tudo passa a depender de uma escolha. Queria conseguir não sentir, mas que é como TER CERTEZA de que um big-bang te espera em menos de 5 dias e que se é impotente diante dele.

A partir de hoje, sei que os dias serão mais difíceis...

‎"Você meu mundo meu relógio de não marcar horas; de esquecê-las. Você meu andar meu ar meu comer meu descomer. Minha paz de espadas acesas. Meu sono festival meu acordar entre girândolas. Meu banho quente morno frio quente pelando. Minha pele total. Minhas unhas afiadas aceradas aciduladas. Meu sabor de veneno. Minhas cartas marcadas que se desmarcam e voam. Meu suplício."
(DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos)


domingo, 31 de julho de 2011

Sugestões para atravessar agosto

"Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro - e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante ir, sobretudo, em frente. (...)

Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antônio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún, ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à luz da lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados. (...)

Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter demais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco."

(Caio Fernando Abreu. In: O Estado de São Paulo, 06/08/95)



sábado, 23 de julho de 2011

Água do céu

Estava chovendo e eu fiquei
fiquei tão desanimada.
Via a chuva quando pensei:
nada é tão triste quanto
uma tarde assim de chuva sem-graça,
que molha mas não deixa pingando
parece choro de criança
quando faz pirraça.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Saudade

"Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade... Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem.(...) Mas o que mais dói é a saudade de quem se ama. (...) Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche."

Está acabando, mas minha saudade ainda não sabe disso :/.